Formação obrigatória para acesso à profissão Agente Imobiliário: a proposta da APEMIP e do IMPIC ao Governo

Paulo Caiado, presidente da associação, explica que o objetivo é dar aos clientes “a certeza e a segurança de que os agentes imobiliários são pessoas com uma efetiva preparação, que reúnem determinadas características e que superaram determinadas provas“. 
Alega ainda que a entrada exponencial de novos consultores nos últimos 2 anos, fez com que a profissão começasse a ser banalizada e, qualquer um, se intitule de agente, não merecendo a confiança do cliente.

Nesse sentido, defende que “o Estado, de alguma forma, deveria acautelar que, quem está nesta atividade, tem obrigatoriamente de ter um determinado padrão-base de profissionalização“, e isso passa pela formação, “não só inicial, mas também regular, de atualização”.

O presidente do IMPIC já tinha revelado que estava a ser preparado um novo enquadramento legal para a mediação imobiliária. Também Para Julie Lefebvre, administradora da Escola Superior de Atividades Imobiliárias (ESAI), numa entrevista ao idealista referiu:“é imperativo que seja aprovado um diploma que fixe requisitos de acesso aos mediadores e agentes” para uma progressiva e necessária “profissionalização e certificação do setor”. Defende que é ainda fundamental que as empresas de mediação “sejam as primeiras a exigir excelência e a criarem mecanismos para que seja possível trabalhar apenas com agentes qualificados”. Defende ainda um número mínimo de horas (equivalente a uma formação executiva, com aproximadamente 300 horas), com aprovação mínima no final. Estas formações obrigatórias deverão ser definidas e certificadas pelo IMPIC e revalidadas periodicamente. A formação inicial, com programas previamente definidos, deve envolver temas bastante transversais, com que os agentes se deparam no seu dia a dia: Direito; Fiscalidade; Gestão; Avaliação imobiliária; Instrumentos de Financiamento; Angariação; Negociação; Ética; Marketing.